A tarde toda, sentada naquelas cadeiras que já conheço bem.
Os pés no encosto do vizinho.
Os mesmos papos de sempre.
Frumelo, miliopã, sorvete e caramelo.
No meio de tudo isso, um pequeno desespero.
Vou sufocar.
Únicas vontades: levantar, correr e gritar.
Um bilhete, uma carta. Dizer tudo que não vou dizer
e nada do que sempre digo.
Passar os dedos entre os cabelos e perguntar se faz sentido
a cabeça entre os braços atrás de abrigo.
E quando acordo cedo
De uma noite sem sal
Sinto o gosto azedo
De uma vida doce
E amarga no final
se perguntarem: o que há?
nada pra ficar preocupado.
olhando pro chão e respirando fundo
só vou desejar poder pegar o ônibus....
PRO LADO ERRADO.
Saio sem alarde
Sei que já vou tarde
Não tenho pressa
Nada a me esperar
Nenhuma novidade
As ruas da cidade
O mesmo velho mar
pato fu - agridoce
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Um comentário:
Até eu vou postar, já q poucos o fazem. E vale pelos últimos 3. O Cansaço do Álvares de Campos é muito bom!!! O show dos strokes tb me decepcionou. E sobre esse último, fim de semana do cão mesmo!
Beijo.
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