Não me importo se acham ele chato, minimalista, mala... sei lá o que mais eu já li pela internet. Pra mim, ele é só um ótimo músico gente boa pra caramba e, por mais incrível que possa parecer, tenho certo respaldo pra dizer isso.
O Erlend entrou no palco e eu lá, quietinha, olhando como quem não acreditava - pros leigos, Erlend Oye é simplesmente meu integrante peferido da minha banda peferida, Kings of Convenience, pra quem não sabe -, tão pertinho do cara cujas músicas ouvi umas duzentas mil vezes nos últimos anos. O show teve uma atmosfera onírica pra mim, o magrinho gigante lá em cima no palco usando a última camisa limpa da mala, tocando aquelas músicas que parecem te abraçar e passar as mãos entre teus cabelos. Eu ali, na primeira fila, ouvindo ele brincar com o fato de as músicas parecerem todas iguais e achando tudo muito lindo. Ele conversava com o público, que respondia faceiro, mas que, durante as música mal, se mexia de tão boquiaberto.
Erlend pediu sugestões pro público. Alguém tomou fôlego e berrou: "I don't know what I can save you from". Ele brincou com o nome de Florianópolis, fez gracinha sobre a Noruega e disse saber de alguém que viajou bastante para estar lá. A música de abertura? Nada mais que a minha preferida "Toxic Girl", muito anticlímax da parte dele, como disse o próprio. Entre várias outras músicas do KOC, teve também uma versão do Bob Dylan - não sei qual a música, o Daniel que me falou feliz: "é dylan, é dylan" -, uma 'versão' de Range life do Pavement no piano - digo "versão" porque a letra de range life entra só bem no final -, cover de Smiths (half a person e heaven knows i'm miserable now), uma música em norueguês e Above You do Whitest Boy Alive. Tudo terminou com "homesick", que tem aquele final genial em que ele respira fundo e diz:
a song for someone
who needs somewhere
to long for
homesick
'cause I no longer know
where home is
e puff... ele diz obrigado e vai embora.
Boa parte do público, bem como eu, ficou na frente do Teatro Álvaro de Carvalho falando sobre o show. Quando, assim, bem singelo, passa o Seu Erlend e senta na escadaria em frente ao teatro e fica conversando com o pessoal que tava por ali. Não vou contar detalhes aqui, porque contando assim, ninguém acredita. Mas eu posso dizer que ele fala alemão dum jeito bonitinho, é super atencioso com as pessoas e eu fui a única pessoa que assistiu ao show e ainda ganhou abraço.
os mínimos detalhes ficam aqui só pra mim na memória :)
2 comentários:
aah que legal!!! parabens
oi senhorita, ficamos super felizes que você curtiu tanto o show do erlend. nós tb adoramos poder trazê-lo pra cá pra floripa, e poder dar uma pequena contribuição pro cenario cultural da terrinha! feliz 007 pra ti e até a próxima! beijos, paula
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