can you tell me why you have been so....

Nem sei o que eu quero dizer,
mas vou dizer diferente de como digo sempre.
Eu deveria ter o hábito de carregar um bloquinho pra tudo quanto é canto.
Já perdi a conta das vezes que eu fiquei divagando sobre coisas...
coisas que até faziam algum sentido, mas for falta de papel e caneta foram pros arquivos perdidos da minha memória.

O que ando fazendo na internet? Não sei.
Não tenho feito muito dos meus dias.
Pra onde estou levando minha vida é um é a pergunta mais freqüente.
E a resposta?
Ninguém sabe, ninguém viu.

Estive pensando no que pensava de mim quando mais nova.
A Bruna de 18, na cabeça da Bruna de 10, era bem diferente do que a Bruna é hoje.
Bom? ruim? decepção? alívio?
Sabe? nem sei!

Quero fazer tanta coisa e tenho tão pouca coisa pra fazer, que acabo vendo o dia passar
Sem fazer nada.
Isso dá uma angústia, um aperto, uma sensação de vida disperdiçada.
Na verdade, tenho trocentas coisas pra fazer,
mas nenhuma delas me faz esquecer de roer as unhas.
É besta. No entanto, esquecer der roer as unhas diz muito sobre meu estado de espírito.
Embora, às vezes roa as unhas mesmo transbordando de felicidade.

Livros para ler, um quarto a arrumar, ônibus a pegar, línguas pra aprender.
uma família pra ser parte, um amor esperando pra ser vivido.
Meio ano pra estudar, uma semana pra passar.
E uma dia, quem sabe, alguém que me tire pra dançar "cheek to cheek".

Sou meio babaca, sei disso.
Vejo beleza em coisas nada a ver.
Falo dessas coisas feito abobada, tentando explicar o jeito que aquilo me aperta a alma.
As flores no chão, a poesia nas crianças do chafariz mais escondido.
E eu feito idiota querendo expor o que isso me faz sentir.

Expor sentimentos, realmente, nunca foi meu forte.
Nunca soube o que são meus 'fortes'.
Já meus 'fracos', conheço muito bem, obrigada.

Sinto que começei com algo que não tem fim.
Então, paro por aqui mesmo.
Antes que desista desta baboseira duma vez.

Death of an interior decorator - death cab for cutie