domingo, outubro 22, 2006

your heart is hard as a stone

In the morning and in the evening
When you think you're alone
Too many hours in your apartment
Has made me hard as a stone

I've tried to crack you, i told you you're the one
But you must have thought that i was gone
I told you a lot of lies just to get laid
But your heart is hard as a stone

You are vicious
But i'm a man
I'm gonna do what i can
To remain hard as a stone

That little pigeon, where did you find her?
I had to break her every bone
Eleven hours in your pool
No longer hard as a stone

She was delicious
Now i'm the star
If you wanna be what you are
You've got to be hard as a stone


You are mean
But i'm a man
It's not exactly what i planned
But it seems i'm hard as a stone



não foi a primeira e nem vai ser a última.
e segue o baile, porque eu preciso dançar.
me permito uns cinco minutos de lamento,
mas não mais que isso...
ou a semiologia me engole inteirinha sem nem mastigar.

nina persson - hard as a stone

quarta-feira, outubro 18, 2006

saio em segredo

algo me diz que, mais uma vez,
não foi dessa vez.



o verde dos teus olhos,
vi no fundo do meu mar.
se é pra viver na calmaria,
prefiro é me afogar.

pato fu - agridoce

domingo, outubro 15, 2006

em branco

Morro de medo do papel.
A folha em branco.
O cursor que pula e grita
"vai, escreve duma vez, vai"

Agora tá tudo ali, trascrito bonitinho,
só esperando que eu comece.
e eu com medo da folha.

só eu mesmo.

quinta-feira, outubro 12, 2006

dia.noite.noite.dia.

Já tá escuro, um ventinho suava balança as folhas da goiabeira que vejo da janela.
Só eu aqui.
Eu e a vontade.
vontade de alguma história bonita que me encha o coração...

terça-feira, outubro 03, 2006

stay out of trouble.

Me lembro bem da inquetação seguida da porta que se abria no começo do segundo período e só acabava pouco antes do último. Olhos que se viravam pro canto, procurando o fundo, o canto da sala. A supresa das palavras inesperadas, lembro dela também. Lembro de uma certa falta de ar, de uns suspiros compridos, dos olhos fechados que esperavam a atitude que, naquele momento, eu não podia tomar. Lembro de não saber o que fazer quando o vento quente de janeiro ficou frio, frio a ponto de me fazer tremer. Eu lembro disso e de tudo que veio depois. Lembro do cabelo brilhando no ar do verão. Lembro das mãos sempre quentes no inverno. Até do azul congelado dos olhos que me diziam coisas nas quais não acreditava, ou pelo menos não queria acreditar, eu lembro. Lembro como se fosse ontem. Lembro de quando a última coisa que queria era lembrar e as benditas lembranças estavam em todo o lugar: na rua que atravessava, na porta da sala, na piada batida, no frio do pés, na chuva fina, nos livros que não li. Lembro de quando lembrar tinha sempre aquela tristeza doída que mora em toda a história sem fim.

Lembranças podem até ser parecidas, mas nunca é igual a maneira com que elas foram sentidas. Por isso que eu não esqueço.






Eu bem que queria, mas algo me diz que gente nunca vai ser amigo.