quarta-feira, dezembro 27, 2006

vozinha

É, acho que dessa vez posso dizer, as coisas terminam como começam.
2006 começou sereno, quietinho e bonito. Num fim de semana na praia sem grandes acontecimentos exteriores, iniciaram-se muitos pequenos começos por dentro.
Aquela voz baixinha que dizia, "agora não é a hora de desistir", semeou no coração um sorrisinho pequeno, de canto de boca, que acompanhou até o final.
Mesmo nos momentos dignos lamento, quando as gotinhas salgadas escorriam pelo queixo, a voz só dizia "deixa o sorisinho florescer", porque coisas boas só esperam quem as procura.

E eu encontrei. Encontrei um punhado delas nas pessoas com quem convivi, nos acordes das músicas que ouvi, nas coisas que vi e em todos aqueles velhos e bons sentimentos que senti de tantos novos jeitos.

e só posso dizer que o ano vai terminar com chave de ouro, afinal, vou ver o Erlend Oye em florianópolis. Pode até ser que não haja trem pra Estocolmo, mas ainda tem ônibus pra floripa :p

Depois é só deixar o cabelo novo cheio de sal e areia fina.

Vou ali terminar o ano bem feliz e já volto.
Termino por aqui, porque como sempre digo, felicidade não é coisa que se ostente.



Que a voz baixinha me acompanhe no ano que vem e que ela te acompanhe também :)

terça-feira, dezembro 19, 2006

remédio

"Enquanto isso - disse Abrenuncio - toquem música, encham a casa de flores, façam cantar os passarinhos, levem-na para ver o pôr-do-sol no mar, dêem-lhe tudo o que possa fazê-la feliz - despediu-se rodando o chapéu no ar com a frase latina de rigor. Mas dessa vez traduziu-a em homenagem ao marquês - "Não há remédio que cure o que a felicidade não cura."
Do Amor e outros demônios. Gabriel Garcia Márquez



Afirmo categoricamente e sem medo: o melhor livro dele.
tá no meu top 5

sexta-feira, dezembro 15, 2006

dezembro

quando se está com a pessoa certa,
pouco importa se o lugar está errado.
Pista vazia fica pequena pra tanta dança.
É sempre bom ver nela aquele sorriso sincero de criança.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

if you always get up late you never gonna be on time

férias, lá vou eu.


pretendo voltar a escrever qualquer bobagem.

segunda-feira, novembro 27, 2006

não vá pensar que é pessoal, viu?

cansei.
perdi a paciência.
enchi o saco.


dirijam-se todos à puta que pariu, obrigada.

segunda-feira, novembro 20, 2006

sehr gut

Fazia horas que não me acontecia uma dessas.
Foi a primeira vez, desde que começou o semestre, que parei pra escrever um texto pra entregar na aula de alemão. Parei meia hora entre uma aula e outra. Escrevi o tal texto, ganhei elogios do Herr Professor.

eu bem que precisava disso, fazer um trabalho que preste, pra variar.
até vou me empenhar mais agora... quero fazer o ZMP um dia. O negócio é abandonar a preguiça mental e me dedicar às coisas que eu realmente gosto.

por mais imbecil que isso pareça pros outros... vou me exibir pra mim mesma, já que no resto eu só tô tomando na cabeça, pelo menos no alemão eu tenho que me dar moral.

sábado, novembro 18, 2006

eu gosto de Nouvelle Vague, sabe?
é tão sutil e ao mesmo tempo tão poderoso.
Aquela coisa embaladinha pra se mexer devagarzinho. Dançar junto ou separado. Por mais que goste das versões originais, gosto também das versões deles. As músicas parecem outras músicas, coisas completamente diferente.

ai ai.

ó o clipe

domingo, outubro 22, 2006

your heart is hard as a stone

In the morning and in the evening
When you think you're alone
Too many hours in your apartment
Has made me hard as a stone

I've tried to crack you, i told you you're the one
But you must have thought that i was gone
I told you a lot of lies just to get laid
But your heart is hard as a stone

You are vicious
But i'm a man
I'm gonna do what i can
To remain hard as a stone

That little pigeon, where did you find her?
I had to break her every bone
Eleven hours in your pool
No longer hard as a stone

She was delicious
Now i'm the star
If you wanna be what you are
You've got to be hard as a stone


You are mean
But i'm a man
It's not exactly what i planned
But it seems i'm hard as a stone



não foi a primeira e nem vai ser a última.
e segue o baile, porque eu preciso dançar.
me permito uns cinco minutos de lamento,
mas não mais que isso...
ou a semiologia me engole inteirinha sem nem mastigar.

nina persson - hard as a stone

quarta-feira, outubro 18, 2006

saio em segredo

algo me diz que, mais uma vez,
não foi dessa vez.



o verde dos teus olhos,
vi no fundo do meu mar.
se é pra viver na calmaria,
prefiro é me afogar.

pato fu - agridoce

domingo, outubro 15, 2006

em branco

Morro de medo do papel.
A folha em branco.
O cursor que pula e grita
"vai, escreve duma vez, vai"

Agora tá tudo ali, trascrito bonitinho,
só esperando que eu comece.
e eu com medo da folha.

só eu mesmo.

quinta-feira, outubro 12, 2006

dia.noite.noite.dia.

Já tá escuro, um ventinho suava balança as folhas da goiabeira que vejo da janela.
Só eu aqui.
Eu e a vontade.
vontade de alguma história bonita que me encha o coração...

terça-feira, outubro 03, 2006

stay out of trouble.

Me lembro bem da inquetação seguida da porta que se abria no começo do segundo período e só acabava pouco antes do último. Olhos que se viravam pro canto, procurando o fundo, o canto da sala. A supresa das palavras inesperadas, lembro dela também. Lembro de uma certa falta de ar, de uns suspiros compridos, dos olhos fechados que esperavam a atitude que, naquele momento, eu não podia tomar. Lembro de não saber o que fazer quando o vento quente de janeiro ficou frio, frio a ponto de me fazer tremer. Eu lembro disso e de tudo que veio depois. Lembro do cabelo brilhando no ar do verão. Lembro das mãos sempre quentes no inverno. Até do azul congelado dos olhos que me diziam coisas nas quais não acreditava, ou pelo menos não queria acreditar, eu lembro. Lembro como se fosse ontem. Lembro de quando a última coisa que queria era lembrar e as benditas lembranças estavam em todo o lugar: na rua que atravessava, na porta da sala, na piada batida, no frio do pés, na chuva fina, nos livros que não li. Lembro de quando lembrar tinha sempre aquela tristeza doída que mora em toda a história sem fim.

Lembranças podem até ser parecidas, mas nunca é igual a maneira com que elas foram sentidas. Por isso que eu não esqueço.






Eu bem que queria, mas algo me diz que gente nunca vai ser amigo.

segunda-feira, setembro 25, 2006

ham.

será um breve silêncio.
depois a gente vê como fica.

segunda-feira, setembro 18, 2006

pra bom entendedor....

meia palavra basta?

Não pra mim.
Preciso de textos inteiros, cheios de pontos, vírgulas, reticências e descrições. Meias palavras servem pra 'meias' conclusões e a experiência me mostra, minha capacidade de conclusões estapafúrdias é inigualável. Se é pra pensar o impossível, deixa comigo, faço isso num minuto. Ainda mais quando as evidências me dão corda. Fatalismo e exagero, meus eternos amigos.
Não joguei, não por me considerar vencida, mas acreditar na vitória certa do outro lado, pelo menos foi o que pareceu aquele dia.
E agora parece que não era bem assim.
Então lá estava eu, despreparada.

Despreparada pra uma possível boa notícia.

Parece que escolher a hora de fingir que não dou bola não é mesmo o meu forte.

Parabéns, o troféu toupeira do ano é meu.

papelão de novo? algo me diz que, pra variar, sim.

eu sou guriazinha e gosto de coisas bonitinhas e esse clipe é adorável e só.

domingo, setembro 17, 2006

reset

valeu pelo menos pra eu parar de tirar conclusões precipitadas.


no mais, queria só o botão de reset agora.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Pra encerrar o assunto

Foi sexta passada, mas pra mim foi como se tivesse sido ontem. É, o show do cardigans, ele mesmo. Prometo que essa é a última vez que toco no assunto, nignuém mais aguenta me ouvir falando nisso.
Pois então, foi lindo. Chegamos no Costão do Santinho - sim, o show foi lá e me pergunto até agora, POR QUE DIABOS LÁ? mas tudo bem - no final da tarde de sexta e acabamos sendo as primeiras da fila. Parece meio idiota, não? aí, mas me deixa, vai. Eu faço esse tipo de coisa abobada quando são shows que realmente me interessam. E Cardigans, bah, o Cardigans... passei agosto do ano passado todinho pedindo por um show deles no Brasil. O povo na fila era bem tranquilo, fora umas gurias histéricas que falavam berrando sobre coisas que mostravam coooomo elas eram indies - ok, ok, meninas, todo mundo ficou sabendo! - a maioria do pessoal tava lá sem nem saber direito o porquê de estar lá, melhor pra mim. A coisa mais engraçada da fila foi quando um cara lá da rádio Atlêntida de floripa anunciou o show e disse que a frente do lugar lá já estava "bombando", muitas pessoas já na fila. Detalhe: tinha eu, a Cherrys e mais meia dúzia na fila. Então tá, nunca acreditem em surfistas que trabalham em rádios.
O show tava meio vazio - quem mandou fazer no fim do mundo? quem? quem? - se tivesse sido em Porto Alegre certamente estaria muito mais cheio, e cheio de pessoas que de fato gostvam do Cardigans. Mas bem, nada disso fez o show menos bacana pra mim, afinal, estava eu lá com meu um metro e sessenta na grade vendo perfeitamente.
A música de entrada foi "In the round" que, na minha opinião, é junto com "Erase& Rewind" a músicas mais "climão" deles.
Eu certamente diria que a Nina Persson estava linda, não fosse por um mínimo detalhe:
ela usava bota POR CIMA DA CALÇA. Quem me conhece, sabe: vivo falando mal dessa moda 'rodeio'... mulher de bota por cima da calça não dá. Tá, mas eu dou um desconto pra ela por a bota não ser de salto plataforma e por a calça não ser de suplex (cruzcredo). Fora minha reclamação boba, ela é linda mesmo. Tem 32 anos, umas ruguinhas na testa, mas é bonita pra caramba e tem aquelas covinhas, que são um doce :)
A organização do foi beeeem relapsa: deixar a luz na cara da Nina um tempão e os fotógrafos malas, que captaram só os piores ângulos dela, umas seis músicas lá na frente do palco foi uma tremenda falta de organização e consideração com o público. Fiquei furiosa com aquelas gurias de cabelo vermelho - pra ser fotógrafo de evento em Florianópolis, descobri que tem que ter cabelo vermelho - na minha frente ASSISTINDO o show, não trabalhando. Isso sem mencionar o palco de palha de coqueiro. É, foi uma gafe sem tamanho o palco ter quebrado com o pulo do Magnus (o baixista). Tá, tudo bem, o cara tinha quase dois metros de altura e não era nenhum corredor de maratona, mas vamos combinar né? palco de show não pode ser fraquinho. Pelo menos rendeu uns segundos de suspende no show "ué? cadê o baixista?" e lá tava ele tocando "I need some fine wine and you you need to be nicer" dentro do buraco, quanta classe! Depois do tombo, o coitado ficou mais parado, aparentemente ele ralou uma das pernas na queda, mas antes disso ele tava sempre super animado e eu, inclusive, juuuuro que ele deu vários sorrisinhos pra mim - sabe aquela coisa, né? a gente sempre sente quando tão olhando pra gente... e uma bela hora olhava eu na direção contrária quando me sinto observada "peraí, tem alguém me olhando", mas bem... pode ser só coisa da minha cabecinha.
A última música foi "communication", que ao vivo ficou mais linda ainda.

certamente lembrarei seeeempre desse show :)

domingo, setembro 10, 2006

por agora..

hora de voltar ao mundo real.
aterrissar, botar os pés no chão.
por uma semana perdi o centro de gravidade
deixei que vento beijasse minhas mãos.

falta clima pra ler "a era do vazio".
mas amanhã tem prova, então vamos lá.


capaz de a professora se assustar com o otimismo que poderá vir.

vamos ver quanto tempo isso dura.
será eterno enquanto persistir.






....por favor, fica um pouco mais, vai...


o show foi divino.
depois de quarta, quando a confusão dos números ficar pra trás, conto tudo nos mínimos detalhes.


regina spektor - better

quinta-feira, setembro 07, 2006

Weird how this makes us feel

Amanhã.
É amanhã que eu vou pra florianópolis ver o Cardigans e o buraco no estômago que me acompanha desde a compra do ingresso fica cada vez maior.
Tá.
Não é só o show.
É todo o mundareu de coisa que aconteceu nas últimas semanas.
É, posso até ter peso e alturas medianos, mas estou bem longe de ser uma pessoa que gosta da vida na mediana (a prova de estatística chegando). Não sei me acomodar.
Não sei mesmo. Conviver por muito tempo com o que seja, só por medo de dar o primeiro passo, não faz mais meu tipo.

então, pulo sem medo na montanha-russa e ela sobe... sobe... cada vez mais alto.

e quando ela descer, pode ter certeza... vou levantar os braços e gritar.

uma dia eu aprendo a ser calmaria...
um dia.


"Zu deinen Füssen red ich mich
um Kopf und Kragen
Ich will in deine tiefen Wasser
Große Wellen schlagen"

wir sind helden - nur ein wort (tô boazinha, tem uma tradução razoável aqui)

a música, o clipe... tudo tão adorável :)

quarta-feira, agosto 30, 2006

roxovermelhorosa

foto completamente nada a ver.
A armação do meu novo óculos tem uma cor difícil de definir. roxo? rosa? vermelho? não sei, depende da luz. Cedi aos meus impulsos consumistas e no lugar de lentes novas - afinal, não sou tão cega como o oftalmo dizia que eu era - comprei um óculos novinho em folha, mesmo eu usando óculos só pra ler.


não que alguém se importe com isso, mas vai saber, né.

quarta-feira, agosto 23, 2006

bum.

quando perco o controle, o fio da meada,
sobe o calor infernal às orelhas
que deixa toda a palavra inflamada,
falo, falo, falo.
aos berros.
e quanto mais falo, mais desejo nunca ter dito nada
aí já é tarde demais...
o coração dispara, a garganta seca
não tem como retroceder.
a voz empaçocada sobe seca e esmigalhada.
até a lágrima salgada
a mão fazer tremer.



fiquei nervosa sem razão.

explosão.

domingo, agosto 20, 2006

I need some fine wine and you, you need to be nicer.

Parece mentira, mas é verdade. Dia oito de setembro estarei em Florianópolis enloquecendo como o show do Cardigans. Caramba, agosto é sempre um mês cheio de simbolismos... ano passado - parece exagero, eu sei - foi justamente Cardigans e a dona Nina Persson que seguraram a minha onda naquele agosto terrível.
Agora eu vou ver ao vivo. Nem vou falar muito pra não dar errado, mas fazia tempo que eu não tinha um agosto tão bacana.


"Sometimes we talk over dinner like old friends
Till I go and kill the bottle,
I go off over any old thing,
Break your heart
and raise a glass or ten

To the good times that we shared and the bad times that we'll have
To the good times
and the bad time that we've had"


olha como eles são lindos: I need some fine wine and you, you need to be nicer :)

quarta-feira, agosto 16, 2006

absinto

quem dera ter, no cabelo,
o cheiro das melhores memórias.
pra que quando parasse na testa, o queixo,
embriagasse a boca das melhores histórias.






meu estômago fraco me deixa pensando coisas duvidosas.

terça-feira, agosto 08, 2006

bolera.

pois é, por mais inacreditável que pareça fui CONVOCADA/INTIMADA a jogar no time de futebol da academia, DE NOVO.


quem estiver triste na quinta e precisar ir no circo dar umas risadas, me avise.
dou o endereço de onde será o jogo.

segunda-feira, julho 31, 2006

o que a gente leva da vida é a vida que a gente leva.

Juro que a minha vontade de aniversário era real e inexplicavelmente nula. Tanto que nem alisar o cabelo, alisei. Tirei o dia do orkut, não fiz estardalhaço. Não tava pela função, mesmo.

Mas é engraçado, sabe?

Não tem como não se emocionar quando, mesmo tu não querendo, as pessoas de quem tu mais gosta dão um jeito de se fazer presentes... seja como for.
Acredito mesmo que 70% do que sou é influência daqueles que mais aprecio. É estranho perceber como a gente tenta ser alguém melhor pra ficar perto das pessoas de quem a gente gosta. Não sei.. a gente é sempre tão egoísta que eu me emociono ao ver que alguém gastou cinco minutos do seu precioso tempo pra, de alguma maneira, me agradar. Poucas coisas na vida são tão importantes quanto o tempo... estamos sempre correndo, sempre pedindo pro tempo parar, sempre querendo voltar no tempo ou saber o que o tempo nos reserva. Por isso, esse ano não teve um monte de gente saracoteando e bebendo, mas teve o mais importante: aquele brilinho faceiro na minha pessoa por ter juntado os cinco minutos de cada um e trasformado em belas horas.

e o que fica pra trás no tempo, não se apaga... pouco importa o que eu faça.

muito obrigada, o pouquinho do tempo de toda a essa gente bonita foi o que fez de mim verdadeiramente a pessoa mais feliz do dia :)

eu sou tão sentimental...

quarta-feira, julho 26, 2006

da série as reviravoltas que a vida dá.

um dia alguém me olhou nos olhos e disse pra ficar calma
porque um belo dia tudo isso iria acontecer.

não acreditei.


e não é que aconteceu mesmo?


agora tenho o lápis, a borracha e o papel na mão
mas qual o fim que a história vai ter? nem eu sei.

terça-feira, julho 18, 2006

Nothing is as blinding as your eye

esse blog deviater fundo musical.
essa é a música "nova" (pra mim) do metric.
putz.

Not looking for a reason, not trying to understand
Not trying to catch your eye, not trying to touch your hand
Not trying to show you part of me no one else can find
But I will bring a song to you, who will buy my time?

The people get philosophical and say there is no future
I am trying to tear myself away from your eye
The people get philosophical and say there is no future
Nothing is as blinding as your eye

Not watching the seasons, watching days flow by
No quenchless autumn breezes, late tomorrow skies
Are you frightened by the moment? i softly lie
Where i thought i would always be, i let myself get by

The people
Get by

Not looking for an ending to make the pieces fit
Need is always pending on how much you can get

Where are you now?


linda. linda. :~~~~

Metric - The People

domingo, julho 16, 2006

o meu tipo

tem vezes que sinto como
se meu nome tivesse no despacho
ando perdida e descabelada
mas quando o vejo, eu me acho

parece feitiço
eu só preciso dum abraço
sou pequena e fracote
mas com ele, me sinto forte feito aço

na hora de ir embora
respiro fundo
pois gosto do tipo
que com ele eu faço:
mais eu, impossível
canto, rio, não tem embaraço e cada detalhe
é como uma grande notícia,
imperdível.

quinta-feira, julho 13, 2006

na academia - parte I

"- Não tá na academia pra emagrecer, né?
- Não, não. Questão de saúde mesmo...
- Saúde?
- É. Saúde mental mesmo."


eu sou o alien da academia :)
e a minha professora foi minha colega no colégio

hahahhaahaha.

segunda-feira, julho 10, 2006

He will disappoint you, if you see through his perfect smile

duh.
eu deveria estar indo pra tal academia, fazer a maldita inscrição, fazer algum exercício, mas a preguiça me impede.
não é preguiça de FAZER exercício, é preguiça DE academia... de todo o blá, blá, blá preliminar. E ainda é bem melhor ficar aqui sentadinha ouvindo "books written for girls" pela milhonésima vez.
Eu deveria estar menos franga, afinal até a tal vitamina B6 eu ando tomando - quando eu não faço o favor de confundir com o remédio do meu irmão e acabar acabando com o dia - e tem o cd do Erlend que eu baixei ontem. Tão bonito. Acho que não tô muito a fim dessa coisa de aniversário, nem dessa coisa de escrever. Vou sair andando... tipo ontem, sozinha pela rua viajando, pensando nos meus pés que nunca deixam de ser geladoso ou no buraco gigante que o siso deixou na minha boca. Se eu tomasse café, teria tomado um sozinha mesmo... mas aí me deu vontade de continuar andando e deixei o não-café pra outra hora. Pensei em ir no cinema sozinha também, mas não tá passando nada que me interesse. Faz horas que não vejo um filme que presta. Quero sair pra dançar e não encontrar nenhuma mala, ninguém que me olhe com olhos grandes e me dê oi só pra me chatear. Não me dá oi então, prefiro assim. Quero ois de quem realmente QUER me dar oi. A hipocrisia social, o "tchau,beijo,meliga" me enche os canecos. E também não vou mais tentar ajudar, se ela quer afundar, que afunde e depois não diga que eu não tentei. Cansei de dizer que eu cansei. Talvez usar mais de uma meia ajudasse a esquentar os pés, meias de algodão. Queria andar de trem, pra poder ir até o fim da linha e voltar olhando os trilhos. Vou largar mão de ser essa coisa ridicula que eu não sou, chega de joguinhos, eu odeio joguinhos, odeio mesmo. Há dias tô com vontade de comer sorvete, sorvete com calda de chocolate, mas não sorvete de limão, que é bom só no verão. O cara imbecil não liga nunca pra marcar a tal da consulta...ai, se eu tivesse meu celular de volta....Eu não gosto de médicos, se não se vai ao médico, não se sabe que se está doente e assim a gente vive mais e melhor, a ignorância é, no fim das contas, uma benção. e eu não sei escrever direito usando esse "se" mala. na real, até sinto uma falta estranha daquela coisa de "ai, tu cabe direitinho no meio dos meus braços". é me sinto profundamente estranha hoje. hoje eu não quero falar com ninguém, quero ficar na minha, quietinha...
ai, como eu detesto ir ao médico.

não, não é desse jeito que você vai decifrar

domingo, julho 02, 2006

acabou.

I wanted to believe in all the words that I was speaking,
As we moved together in the dark
And all the friends that I was telling
All the playful misspellings
and every bite I gave you left a mark

Tiny vessels oozed into your neck
And formed the bruises
That you said you didn't want to fade
But they did, and so did I that day

All I see are dark grey clouds
In the distance moving closer with every hour
So when you ask "Is something wrong?"
I think "You're damn right there is but we can't talk about it now.
No, we can't talk about it now."

So one last touch and then you'll go
And we'll pretend that it meant something so much more
But it was vile, and it was cheap
and you are beautiful but you don't mean a thing to me
yeah you are beautiful but you don't mean a thing to me



death cab for cutie - tiny vessels

terça-feira, junho 27, 2006

(y)

all I need is a good defense
cause I'm feeling like a criminal


alguém no céu ou no inferno,
não vai muito com a minha cara.


putaquepariu, meu.

quarta-feira, junho 21, 2006

Help me finish this song

We could go out dancing
But, in truth it is the last thing that I have on my mind
Please say if I’m way out of line
I won’t need telling twice


ando com pé nem lá, nem cá.
não faço nada por aqui, não penso muito em acolá.
não é viver dividida, é só, por pura precaução,
não se deixar pertencer a nenhum lugar.

Now he wants to kiss
Said he can’t resist
You’re going to have to keep it hidden inside


precisa-se de uma confirmação exata de onde esses dois pés inquietos vão, novamente juntos, dançar

I’ve a feeling that pigs might fly, might fly
I should be suspended from class


obrigada.
beijosmeliga.

camera obscura - suspended from class.

(banda que é a coisa mais bonitinha da vida nesses últimos dias)

domingo, junho 18, 2006

oficial

caso alguém queira vender ou doar uma vida,
estaria muito interessada.

segunda-feira, junho 12, 2006

meu pouco tamanho é grande demais pra tua extrema pequenice.

domingo, junho 11, 2006

pro diabo com a pontuação.

Minhas exclamações, vendo teus gestos indicarem parênteses, sentiram-se bruscamente apagadas. Encarei como ponto final tua mudança de assunto. Mantive distância, procurei começar outro parágrafo em nova folha, mudei a caneta, usei até outra letra.

Até perceber teu velho olhar reticente a encher de interrogações minha tentativa texto novo.

*

eu sou aquele fio de cabelo que, não importa o que você faça, nunca fica onde deveria ficar.

sexta-feira, junho 09, 2006

auto-flagelo

em dias assim
em que se fala muito sobre o indevido
em que se ri demais do sem sentido
e o vento gela as canelas

eu penso

na falta que faz o que nunca tive.


mais uma vez, falarei mais do que devo.
faz parte.
sofro de incontinência verbal, quando tudo passa do limite.


alguém faz o favor de me calar a boca?
****

não é preciso de papel pra lembrar o que a memória não esquece:
guardei só o esquecível.

terça-feira, junho 06, 2006

"renataaa ingrataaa"

sempre soube que ele não era só um rebolado sexy.

Latino sabe das coisas:

"quem planta sacanagem colhe solidão."


hihihihihih

:P

sexta-feira, junho 02, 2006

trilha.

If you can't love me honey go on just pretend
I've saved something special for the very end
If you can't love me honey go on just pretend
C'mon baby be my bad boyfriend



acho que é um caminho sem volta, esse meu.

garbage - bad boyfriend

segunda-feira, maio 29, 2006

Os Benefícios da Lua

Sr. Baudelaire fará as honras hoje:

"A lua, que é a própria imagem do capricho, olhou pela janela enquanto dormias em teu berço, e disse consigo, mesma: - "Esta criança me agrada."

E desceu maciamente a sua escada de nuvens, e deslizou sem ruído através das vidraças. E pousou sobre ti com um suave carinho de mãe, e depôs as suas cores em tuas faces. Então, tuas pupilas se tornaram verdes, e tuas faces extraordinariamente pálidas. Foi contemplando essa visitante que os teus olhos se dilataram de modo tão estranho; e ela com tão viva ternura te apertou a garganta que ficaste, para sempre, com o desejo de chorar.

Entretanto, na expansão da sua alegria, a lua invadia todo o quarto, como uma atmosfera fosfórica, como um peixe luminoso; e toda esta luz viva pensava e dizia:

- Tu sofrerás eternamente a influência do meu beijo.

Serás bela à minha maneira. Amarás o que eu amo e o que me ama: a água, as nuvens, o silêncio e a noite; o mar imenso e verde; a água informe e multiforme; o lugar onde
Não estiveres; o amante que não conheceres; as flores monstruosas; os perfumes que fazem delirar; os gatos que desmaiam sobre os pianos e gemem que nem as mulheres, com
Uma doce voz enrouquecida!

"E tu serás amada pelos meus amantes, cortejada pelos meus cortejadores. Serás a rainha dos homens de olhos verdes a quem também estreitei a garganta em minhas
Carícias noturnas; daqueles que amam o mar, o mar imenso, tumultuoso e verde, a água informe e multiforme, o lugar onde não estão, a mulher que não conhecem, as flores sinistras que sugerem incensórios de alguma religião ignota, os perfumes que turbam a vontade, e os animais selvagens e voluptuosos que são os emblemas da sua loucura."

E é por isso, maldita e querida criança mimada, que estou agora prosternado a teus pés, buscando em toda a tua pessoa o reflexo da terrível Divindade, da fatídica madrinha, da ama-de-leite envenenadora de todos os lunáticos."



acho que pirei.

domingo, maio 28, 2006

the needle that broke your back.

vou me providenciar tratamento.
não é normal me ver engolida pela minha própria raiva.


e raiva dá problemas no estômago.


me senti vivendo, mais uma vez, a pior parte da pior história.
e mais uma vez, perdi o controle.

muito obrigada, mas não quero viver num eterno flashback.

terça-feira, maio 23, 2006

bola murcha.

Sie fühlen sich wie n Ball, aus dem die Luft raus ist. Da fühlen Sie sich schlaff und leer. Sie bleiben liegen, wie ein Ball, in dem keine Luft mehr ist. Damit will doch keiner spielen, da tritt man doch höchstens mal dagegen. Und das entgeht Ihnen nicht. Alles, was Sie machen wollten, wenn Sie erst Zeit haben - das können Sie nicht. Sie können sich einfach nicht aufraffen.

pedacinho do Leben bis Männer...

que vai ficar só por aqui história mesmo.


sempre furam a minha bola... por isso que eu nunca jogo nada.

domingo, maio 21, 2006

I guess I just wasn't made for these times

Tenho um pouco de medo da superexposição a que as pessoas se submetem na internet.

Tá, "um pouco" é eufemismo dos brabos.


certas coisas não interessam a todo mundo.


talvez tenha aprendido isso do pior jeito.
na verdade, nem sei, afinal, costumo ser muito crítica comigo
e sei como as palavras, na minha mão, subvertem seus verdadeiros sentidos e tomam proporções gigantescas.

eu, minhas palavras e também meus silêncios temos um problema complicado de semântica.


tristeza passa, meu bem.
ás vezes demora, mas passa.


e no fim, todo mundo sobrevive.



"I keep looking for a place to fit
Where I can speak my mind
I've been trying hard to find the people
That I won't leave behind

They say I got brains
But they ain't doing me no good
I wish they could "



é beach boys no original, mas eu prefiro
sixpence none the richer - I just wasn't made for these times

é mais guriazinha.
e eu sou guriazinha.

e

finalmente

tenho sido sensata.
me sinto em paz.

terça-feira, maio 16, 2006

roda moinho. roda pião.

um dia, a Cherrys disse:

"Bruna, tu é um turbilhão."


e sabe que não tiro dela a razão?

domingo, maio 14, 2006

ambiguidade, a minha velha amiga.

Os dias são longos, cheios de aulas, trabalhos e outra porção de coisas para fazer. Desloco-me muito de um lugar para outro, sempre carregando minha fiel e companheira mochila – sempre bem pesada. Ao fim do dia, estou exausto e todo dolorido. O que me salva é que, em uma sala com vista para o rio, encontro o alívio que tira o peso de todo um dia de minhas costas.
Não importa o quão cansado esteja ou o quão dolorido esteja meu corpo, sei que ao sair de lá estarei me sentindo novinho em folha. A sensação de conforto que ela me proporciona, não encontro em nenhum outro lugar.
Ela começa lentamente, seus dedos gelados deslizam em meu pescoço, os músculos se contraem e ela parece saber exatamente onde tocar para que eu me sinta melhor. Ela e sua sala têm um cheiro tão bom que chega a ser embriagante. A luz é quente e a vista da janela me ajuda a relaxar ainda mais. O toque de suas mãos macias tira de mim qualquer tipo de tensão que tenha trazido comigo. Sinto sua respiração perto de meu pescoço enquanto suas mãos alisam minhas costas. Não falo, nem penso em nada, apenas sinto a sensação extasiante que toma conta de mim.
Quando estamos chegando ao fim, só sinto os espasmos finais da minha musculatura, que fica cada vez mais solta e relaxada. A sensação de alívio e reconforto tomou conta de mim: acendo um cigarro, beijo seu rosto, saio até a recepção, pago para a secretária e peço para que ela marque para o mesmo o horário na próxima semana a minha última sessão de fisioterapia.










sim.
tive a cara de pau de entregar isso na minha aula de comunicação em língua portuguesa I
o mais engraçado foi ver a cara das criaturas enquanto uma guria lia o texto.


é.
eu me divirto.

sábado, maio 13, 2006

e as bergamotas no quintal...

a previsão do tempo diz que vai esfriar e gear.
finalmente as bergamotas vão amadurecer a adoçar.

pode até não fazer sentido algum pra você,
mas tudo agora está mais claro pra mim.

o tal mês dos namorados será turbulento,
pode ter certeza!!!

"Everywhere i walk i feel the danger
everyone around is getting stranger
sunglasses and vodka in the morning
sirens never came to me as warning"

elefant - sirens

terça-feira, maio 09, 2006

Trilha sonora para encorajar fulano.

Faz um tempão que assisti o "Hora de Voltar", gostei do filme.
Meio vazio, mas é bem esse vazio que preenche o filme e a história do personagem principal. Tá, mas não é isso que interessa aqui.

A trilha sonora, bem, a trilha sonora é primordial pro filme e tem as músicas perfeitas pra montar um cd "trilha sonora para 'encorajar' fulano"
Quase todas as músicas são calminhas e várias delas têm aquela respiração que tanto me agrada.

Respiração? huh?
é.

Respiração.

Quem já ouviu "Siamese Cities" do Metric sabe BEM o que é a tal respiração. Não sei bem como se explica, é uma puxada de ar, uma pausa, que deixa a música pesada. Pesada naquele sentido embriagante, que vai te entorpecendo devagarinho como ir tomando vinho aos golinhos.
A música pesa na cabeça, te afunda no sofá, deixa olhos mais baixos e o sorriso fácil, dá vontade de fazer os dedos deslizarem pelo jeans do vizinho e ajuda joelhos a se encontrarem.
E pode ter certeza, uma vez juntos, joelhos não voltam assim tão fácil pro lugar: ficam ali, colados, à espera espera de qualquer movimento que os aproxime ainda mais. Os assuntos banais despertam o sorriso apertadinho acompanhado daqueles olhares compridos cheios de siginificado.


....


a música continua e, até quem fala com as mãos, se mexe pouco...
movimentos cautelosos... pois a música pesa cada vez mais, o sofá fica fundo, ombros se saúdam.
E quando o peso parece insuportável, cada rosto se vira para um lado.....





passa sempre esse filminho na minha cabeça quando fecho os olhos ao som de tais canções.


agora, meu acervo ganhou mais músicas "respiradas" e um cd com todas elas não merece nenhum nome que signifique menos que "trilha sonora para encorajar fulano".



para entender do que falo:
zero 7 - in the waiting line
frou frou - let go

quarta-feira, maio 03, 2006

they're calling you a coward

Out in the dark (walking in the rain)
on a lonely street (you were looking for the fire)
escaping the noise (can you ever escape?)
you can hear your thoughts (they're calling you a liar)


Ando ocupada demais com as minhas próprias façanhas para escrever sobre elas.
Não acredito nas pessoas, justamente por me conhecer o suficiente pra saber que, quando quero, posso ser o pior tipo de traste já visto no universo e como se isso ainda não fosse o bastante: faço isso com as pessoas que menos merecem conhecer esse meu "adorável" lado. Então, resolvi dar um basta.

out in the dark (walking in the rain)
on a lonely street (you were looking for the fire)
escaping the noise (can you ever escape?)
you can hear your thoughts (they're calling you a coward)



Começei fazendo o que julgo a coisa certa. Não era o que queria ter feito, mas era o que devia ser feito. Já infernizei o suficiente pra um semestre, sairei de cena. E, caso, alguma decisão seja tomada, não será por influência minha. Não é covardia, é sensatez. Meu álbum de figurinhas da copa das idiotices já está completo, obrigada.

a brave new world, it's all around
you're walking too fast to be able to see it
your wings are too small to get off the ground
truth is too close for you to believe it


acho que, por um instante, consegui sair de dentro de mim mesma. Vi tudo com outros olhos, os olhos de quem vê de fora. Ouvi-me com os ouvidos de quem seria lesado e percebi a dimensão do estrago iminente. E não, não quero representar o teu papel, muito obrigada. Não vou fazer na vida dos outros o que já fizeram na minha. Desculpa, mas ainda não consigo ser tão mesquinha.

too high, too low, too small to see
too fast, too closed, too scared to meet
the world outside your own mind
out in the dark


vou investir mais em umas áreas meio abandonadas da minha vida. aquele "NÃO" bem grande só serviu pra mostrar como tenho sido relapsa com as coisas realmente importantes. As coisas que realmente duram e trazem benefícios pra mim e pros que me cercam.

furei a bolha, quebrei os vidros, dei o grito de misericórdia.

vou me guiar pelo que EU acho que é certo,
mesmo que nem sempre isso esteja de acordo com as minhas vontades piradas.


kings of convenience - brave new world.
eu não sei o que seria da minha vida sem vocês :~~~
hei de juntar dinheiro, ir pra Noruega e beliscar vocês dois.



(foi um pequeno momento de ridiculice aguda que deve ser esquecido)

domingo, abril 23, 2006

protect me...

aquele buraco no estômago desde segunda não podia ser por nada.

obrigada, senhor, por na minha vida ser sempre tudo tão escancarado.

domingo, abril 16, 2006

assim sem despedida, saio de sua vida tão espetacular.

Eu me espanto, sabe, as coisas saem, em noventa porcento dos casos, exatamente como eu previa. Não sei se tenho uma certa visão apurada ou se é tudo muito óbvio mesmo. As coisas se desfazem, teorias desmoronam, e sabe aqueles casais que a gente olha e acha perfeitos? bem... eles também, um dia, se separam. Só acho triste, mais nada.
Acho triste como as coisas vão aos pouquinhos perdendo a importância na vida da gente. Aquilo que era "tuuuuudo aquilo" vira só mais uma daquelas coisas que a gente não quer mais lembrar. Pelo menos, tenho a certeza de que, cedo ou tarde, tudo passa - ou a gente que cansa? não sei.

fico triste com isso.

a tristeza alheia me contamina.


tratem de ficar felizes.

sábado, abril 15, 2006

"durante o dia, nada é mais fácil do que mostrar que não se dá importância, mas, à noite, é diferente"

eu nunca conseguiria deletar quase dois anos de tanta loucura.

acho que todo mundo sabia disso.

Nunca deleto. Mudo de endereço, deixo em banho-maria por um tempo.
As palavras nem sempre saem com o efeito que a gente espera e é 'melhor calar bobagem que dizer besteiras'.
Se falo arrumo confusão, se calo a tempestade me leva pela mão.

preciso dum meio termo e de roupas de meia estação.

sexta-feira, março 31, 2006

dã.

quatro frases pra mudar um dia.
mais lápis, papel, coração
Encontrão.
Sem intenção?
os joelhos são meus guias...
e de elo barata poesia.




(nãofazsentido.
nãotemrazão.
coisadegurialouca
compouconacabeça
enadanocoração)




na cadeira que me leva às profundezas do vale,
brinquei de versos informáticos

se meu coração eu pudesse desfragmentar,
juntar todas as pecinhas: copiar, depois colar
upgrade nas memórias, ctrl+V pra recortar
apagando as histórias que não quero mais lembrar
pra, assim, ficar mais fácil meu sistema acessar.




pois é.
na vida, a gente se presta a cada coisa...
e o semestre está só no começo.
coisas piores estão por vir.

mas pra isso, terei de esperar até terça que vem.

e o problema é todo meu.

kings of convenience - failure

quinta-feira, março 23, 2006

i don't know what I can save you from.

You called me after midnight,
must have been three years since we last spoke.
I slowly tried to bring back,
the image of your face from the memories so old.


Esse é o ano mais musicalmente bonito de todos.
Três meses e tantos apertos no coração.
Já que se apaixonar por pessoas é difícil,
fico com as músicas pra não corer nenhum risco.

I tried so hard to follow,
but didn't catch the half of what had gone wrong,
said "I don't know what I can save you from."


ando meio sociopata.
afastando as pessoas consciente ou inconsicentemente.
não me esforço pra me enturmar,
mas não reclamo disso.
uma solidão estranha
que não significa exatamente estar sozinha.

I asked you to come over, and within half an hour,
you were at my door.
I had never really known you,
but I realized that the one you were before,
had changed into somebody for whom
I wouldn't mind to put the kettle on.


sento no meu quarto.
ouço cem vezes as mesmas músicas bonitas.
aquela voz suave
e aquela vontade
de se perder
no abraço de sei-lá-eu-quem.

não sei se sou assim porque escuto essas músicas
ou se escuto essas músicas porque sou assim.

passei todo o domingo chuvoso enrrolada no lençol ouvindo Kings of Convenience.


Still I don't know what I can save you from.

o Diego diz que eu preciso escrever.
e eu digo
preciso viver.

kings of convenience - i dont know what I can save you from

domingo, março 19, 2006

iaiá...se eu peco é na vontade....

confirmado: gim é coisa do demônio.

minha cabeça dói e disse tanta bobagem que é melhor nem lembrar.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

peru, mula & outras cositas más.

Logo que eu voltar do rio, começaremos a investigar o motivo das dores de cabeça.
meu cérebro é fisiologicamente NORMAL, nem eu acreditei quando vi.
tirando as marvadas das dores, estão sendo as melhores férias da história.
assim, sem tirar nem por.
e no fim do mês eu ainda terei dinheiro.

e melhor ainda, dinheiro ganhado com o meu suor (tá, não vale citar o fato que eu seduzo minha chefe com cd's maravilhosos gravados por mim mesma).
Eu até começo a ver alguma perpectiva pra minha vida. Não por causa do meu super estágio no hospital, mas por uns outros motivos aí.

Voltarei pro alemão, farei um esporte e isso porque o dentista mandou.
Desde quando dentista manda fazer esporte? É, tem algumas coisas que só acontecem na minha vida.
Minha dor de cabeça fez aniversário de uma semana na terça e quarta fez duas semanas sem siso. Estive pensando seriamente nas coisas que aconteceram nas últimas semanas e concluí que parte do meu *pavor* de agulhas se foi. Afinal de contas, tirei um dente e levei soro na veia sem dizer um ai. e nem olhar de cara feia pros meus agulhadores, olhei. Estou orgulhosa de mim.

Disse que um dia eu seria grande e forte e não sofreria mais por bobagem, acho que já comecei.

Mas certo que ainda vai levar muito tempo pra eu parar de ser peru. Sim, peru, aquele que morre na véspera, sabe?
Sou dum tipinho estranho que passa a sexta, o sábado e o domingo sofrendo desgraçadamente porque vai tomar um fora na segunda. Mas pergunta se eu faço algo pra evitar isso? Faço? Não. Eu sei que vai acontecer, mas não faço nada contra. Aí chega a segunda, eu sofro mais um pouquinho. Tomo o bendito fora sabendo dos devidos estragos que ele causará.
O fora tá ali na minha frente, e eu fico olhando com cara de pateta. Por que diabos eu faço isso? Não sei. Se você souber, me explica. Talvez eu tenha algum parentesco com alguma espécie de mula... Pois é eu enfiar na cabeça que certa coisa é caso perdido que, pode ter certeza, nada no mundo vai me fazer mover uma palha.

Misture mula com peru e você terá eu. Ai, que coisa mais bisonha.

mas eu ainda acredito que isso tudo é culpa de vênus em virgem.

No mais, continuo fazendo inconsequência, atrás de inconsequência. Vai acabar mal, eu sei.

e aí?
será que a minha prima mula vai se manifestar ou vai ser só o peru?

domingo, fevereiro 12, 2006

you stupid girl

I tried hard to mend my wicked ways
Acted like a lunatic for years
Lord knows I try to be good
I'd keep my promises if only I could
You count your blessings that I can't rely on you


vou sossegar meu facho até quinta, pelo menos.
serei uma boa menina,
trabalharei dois turnos,
porque é à tarde que o circo pega fogo
e eu adoro quando aquilo vira um pandemônio.
e se trabalho dois turnos, chego em casa podre.
se chego em casa podre, só vou dormir ou vejo um filme.

And I tried

não quero mais sair, pelo menos aqui em porto alegre.
numa noite só encontrei Deus, o Diabo e um cupido fracassado.

I've done things I never thought I'd do
Sure it helps to lose myself in you
A little time and I'll be all right
C'mon sugar let's go out tonight
Forgive your trespasses
And all that we've been through


tava toda empolgada, mas acabou sendo exatamente como o esperado.
e eu sou fogo, sabe?

That sinking feeling
When you are leaving
All I believed in
Walks out my door


mas foi só fogo de palha.

I tried hard to mend my wicked ways
The damage's done, there's nothing left to save


até pensei que ia causar um grande estrago, mas nem isso.
às vezes eu canso de acreditar, canso mesmo.
garbage - wicked ways

três histórias numa só, algumas coisas só a Bruna faz por você

terça-feira, fevereiro 07, 2006

perdendo os dentes

Ele ofereceu cerveja. Recusei.
Quis tomar um drink. Neguei.
Se ele soubesse, convidaria pra um sorvete.
Eu, desdentada, aceitaria e ficaria contente
e, quem sabe, ele tabém.


(ai, que guria boba)



só pra constar:
arrancar o dente não dói,
o que dói é suportar os primeiros dias da falta dele.


e esse foi só primeiro de quatro. rá.

sábado, fevereiro 04, 2006

this time I'll get it right.

And the wheels just keep on turning
The drummers begin to drum
I don't know which way I'm going
I don't know what I'll become



e então, será que existe essa coisa de segunda chance?


se existir, eu preciso duma.

talvez o universo ande conspirando pra que aconteça
mas do jeito certo.


afinal, depois de tantas escolhas erradas, eu mereço acertar.
ou mereço que me acertem, sei lá.

o que lhe parecer mais simples...



And say you'll come and set me free
Just say you'll wait, you'll wait for me

coldplay - til kingdom come

terça-feira, janeiro 31, 2006

She is shaken out static anonymity

I saw the sky and you, what do you see in me

não consigo.
a frase não sai da cabeça
e a música não pára de tocar.

descobri o problema,
sobra ar.


tenho andado pela cidade com aquela cara de pateta


é.

bem aquela que você está pensando.



When you walk, you move like Moses
When you look, you look like Red Roses
Every day breaks bitter river, was a flood
Why do you leave me inbetween siamese cities


metric - siamese cities

domingo, janeiro 29, 2006

if there's such a thing as love.

"When i was two and a half,
My momma said to me:
"Love is funny you will laugh
'Til the day you turn three."


levantar as duas mãozinhas e dizer:
eu me rendo.

já foi bem simples.


não é mais.

"I thought i'd known love before
That was not it but I thought it
So I thought i'd win the war
Or I never would have fought it"



fiquei nervosa
e sem graça
mesmo.

the magnetic fields - if there's such a thing as love

quarta-feira, janeiro 25, 2006

you.will.wait.for.me-e.

eu podia falar
e contar como vai a vida
e comentar de todas as reviravoltas estranhas que ela dá
e como ela muda, assim, do dia pra noite

também podia dizer como eu gosto da chuva
e como tudo tem sido estranhamente diferente.

mas deixa pra lá.

se há alguém que deveria saber disso,
esse alguém já sabe.

e já ficou feliz/triste ou seja lá o que for por mim.

não, é?

parece que as coisas vão pro seu lugar sozinhas... eu nem preciso me mover muito



que lá vão elas....

quarta-feira, janeiro 18, 2006

this is where your sanity gives in and love begins

It lies deep inside
you can not hide
it's the meanest fire
Oh, it's a strange desire
you can not lie
that's a needless fight




Empolgação é sempre tão fácil, só não pensar muito no assunto. Sempre há, no entanto, quem te bote uma pulga atrás da orelha, alguém brincando de grilo da consciência. Ainda não sei se gosto disso ou não. Inúmeras vezes fui traída pela minha empolgação, aquela coisa meio "just leap, don't look or you'll never know". Em tantas outras vezes foi ela que me fez progredir, transgredir, sei lá eu qual o melhor termo. Acredito que escolher palavras não é lá meu forte, levo tempo demais pensando no que quero dizer. Acabo por não dizer nada.
Não ando desanimada, nem nada. São tantas novas perspectivas e oportunidades logo Ali na minha frente... e sabe que eu acredito que de fato vai certo, pode ser uma crença descabida, mas ela existe. Acredito em mim, não nos outros.
Não que eu seja grande pessoa, só tenho aprendido a fugir das minhas armadilhas.
Junto com todas as coisas que se foram nos últimos tempos, foi-se também parte da minha capacidade de empolgação com as pessoas. Gosto, sim, das pessoas de uma maneira irracional e indizível, mas não deixo mais que elas esculhambem a minha vida.
Porque é bem assim: uma vez que você dá a elas o direito de esculhambar, elas esculhambam sempre. Uma bela hora elas cansam e vão esculhambar a vida de outros.



e a bagunça?



fica toda pra ti.


amor é o suicídio de quem não tem pressa.


não consigo me decidir:
vida longa ou não.


When your blood runs dry
you're paralyzed
it will eat your mind
Did you hold it back
It comes to you in slow attacks
It's the meanest fire


cardigans - paralyzed.

terça-feira, janeiro 17, 2006

dói.

dói.

dói.

dói.

sem saber por quê.


não é nenhuma tentativa frustrada de poema concretista.
é apenas uma constatação.

domingo, janeiro 15, 2006

there's a lack of color here

And when i see you
I really see you upside down
But my brain knows better
It picks you up and turns you around
Turns you around, turns you around


não ando muito a fim de palavras.
não sei bem o que se passa,
alguma coisa acontece.
Preciso logo da sexta-feira.

Quero saber não perder as pessoas,
por mais que o natural seja elas se encontrarem e se perderem.

e se eu fecho os olhos pra dançar
é pra sentir como se eu estivesse sozinha em casa.

death cab for cutie - lack of color

sexta-feira, janeiro 13, 2006

.

sou a campeã mundial do banho de piscina de pijama.





é uma informação super pertinente

don't go down that road to ruin.

se vai dar certo, eu não sei.
só sei que a minha consciência tá limpa.
esses oito dias vão demorar pra passar
talvez até mais do que o aninho fulero - 2005 - demorou.

tá nem foi tão fuleiro assim.
tirei carteira.
conheci gente absurdamente legal.
ri, dancei, cantei, bati os pés no chão e girei no meu próprio eixo quando fiquei feliz.
e até consegui o grande feito de fazer algumas gentes felizes.

disse uma vez que foi um ano jogado no lixo.
não foi.
foi só parcialmente.

Hey now what you doing
Don't go down the road to ruin
Look back at where you came from
Count to ten before you go wrong

You've gotta hold your head up high
You know it's not too late to try
You've gotta lift that heavy load
You've gotta get back in control


new order - hey now what you doing


é inacredtitável: eu tenho unhas grandes :)
é um ótimo sinal.

sábado, janeiro 07, 2006

To dream of new beginnings When the end is all around

se for pra me desejar algo,
deseje calma.

Note, já estou até conseguindo cumprir minha única promessa de ano-novo:
parar de roer as unhas.

How ending starts?
Ending starts with answers.



e o comentário é sempre o mesmo
e eu SEMPRE rio.

"se eu fosse tu, chorava todo dia.
Só pra sair por aí de olhos verdes."


metric - ending start

segunda-feira, janeiro 02, 2006

há malas que vêm de trem (parte 2)

não sei bem o que foi.
mas foi.
e foi ótimo.
como há tempos não era.

não foi o ano que mudou....
eu é que não sou mais a mesma

ou até sou, mas de um jeito diferente.

e por incrível que pareça semana que vem não me apavora
porque, se não der certo, não vai ser por eu não ter me esforçado.


the magnetic fields - long-forgotten fairytale

longe de ser uma exímia fotógrafa, mas às vezes ela até que acerta.

faz eu me sentir tri exibicionista, mas é que olhar por essa janela todos os dias pela manhã fez milagres.