sábado, outubro 29, 2005

amanhã.

A tarde toda, sentada naquelas cadeiras que já conheço bem.
Os pés no encosto do vizinho.
Os mesmos papos de sempre.

Frumelo, miliopã, sorvete e caramelo.

No meio de tudo isso, um pequeno desespero.
Vou sufocar.
Únicas vontades: levantar, correr e gritar.

Um bilhete, uma carta. Dizer tudo que não vou dizer
e nada do que sempre digo.
Passar os dedos entre os cabelos e perguntar se faz sentido
a cabeça entre os braços atrás de abrigo.

E quando acordo cedo
De uma noite sem sal
Sinto o gosto azedo
De uma vida doce
E amarga no final

se perguntarem: o que há?

nada pra ficar preocupado.

olhando pro chão e respirando fundo
só vou desejar poder pegar o ônibus....



PRO LADO ERRADO.


Saio sem alarde
Sei que já vou tarde
Não tenho pressa
Nada a me esperar
Nenhuma novidade
As ruas da cidade
O mesmo velho mar

pato fu - agridoce

Um comentário:

Anônimo disse...

Até eu vou postar, já q poucos o fazem. E vale pelos últimos 3. O Cansaço do Álvares de Campos é muito bom!!! O show dos strokes tb me decepcionou. E sobre esse último, fim de semana do cão mesmo!
Beijo.