quinta-feira, dezembro 29, 2005

ã.

meia noite.
eu deveria estar dormindo nem arrumei a tal mala.

às vezes, acho que ainda faço isso só pelo frio na barriga
só pra ter de volta aquela sensação estranha.


nunca sinto falta das coisas.
sinto falta é das coisas que sentia.

porque já não sinto mais.

o sol sempre seca as flores abandonadas.


pensar nas coisas que você fez durante o ano nunca presta:
você só lembra das besteiras.


páro por aqui
antes que volte a me convencer que a única saída é ser tirada de circulação.
minha vocação pra maria-do-bairro durou só o efeito dumas gin tônicas.
ainda bem.

"eu te odeio"
é a velha história do vidrinho:
joga a tampa fora
o risco é virar tudo dentro de ti.

e nem odeio nada.

deixa os mortos no cemitério...
lá as flores também crescem...


é.
ando meio introspectiva mesmo.


...devolva minhas tulipas vermelhas, por favor.



tudo culpa da Nina.
dona do cd "senta e chora" do ano.



eu preciso de um motivo.
um motivo de verdade.
pra quê?
isso não te interessa.



e falta agradecer por todas as coisas desse ano:
roda gigante, a volta antecipada, as chamadas, os lencinhos, as blusas...
sou absurdamente louca por ti
a vida é tão melhor contigo,


meu irmão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pô Broo "deixa os mortos no cemitério... lá as flores também crescem...", demais... só posso dizer isso, demais .... Beijão!